Un nuevo caso de dopaje ha revolucionado el mundo del triatlón. La brasileña Sílvia Fusco ha sido suspendida por el uso y positivo de EPO (eritropoyetina) en un control que le realizaron después del Campeonato del Mundo Ironman de Hawái 2014. Probablemente, la WTC (organizadora del Ironman) la sancionará durante dos años.

En una carta escrita por la misma Fusco, la triatleta presenta las razones que le llevaron a tomar la decisión de doparse. Las múltiples lesiones que acumuló la brasileña a lo largo de la temporada y las ganas por terminar la carrera provocaron que Fusco decidiera doparse, una decisión que ella misma tilda de “error infantil”.

Sílvia Fusco disputó el Campeonato del Mundo en Kona tras ser la mejor clasificada del Grupo de Edad 35-39 en el Ironman Florianópolis del año pasado. Reproducimos el contenido completo de la carta escrita por la triatleta brasilña:

“Não me omiti em nenhum momento sobre o que houve. Fui eu mesma quem comuniquei a WTC diretamente em carta, sobre o que ocorreu, antes mesmo do contato telefônico deles.

Fiz uma besteira desesperada pra aguentar fazer a prova porque meu médico me disse 2 semanas antes da prova que não suportaria fazê-la pelas muitas lesões que mantive depois do Ironman Brasil e perda de condicionamento físico. Fiquei parada praticamente dois meses. Tomei analgésicos aos montes e o hormônio pra tentar treinar essas duas últimas semanas antes da viagem e aguentar chegar ao fim do Ironman. Não quis ganhar performance, mesmo porque seria impossível no estado que eu estava. Queria apenas terminar a prova. Minha condição física era muito abaixo da normal.

Sei que foi uma asneira sem tamanho. Culpo-me muito por não ter tido cabeça.

Quero deixar claro que tomei a decisão e fiz tudo sozinha. Meu ex-técnico nem sonhava com isso.

Assumo meu erro e vou cumprir a pena em todo seu rigor. É triste ver mais de 20 anos de Triathlon serem agora julgados por um erro infantil que cometi, por não conseguir lidar com minhas infindáveis lesões e com a frustração de não poder fazer a prova.

Desde que parei profissionalmente (algumas pessoas do meio sabem disso) faço um tratamento psiquiátrico bastante caro pra saber lidar com a diminuição do volume de treinos e o fato de ter recebido em 2011 o diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo pela preparação física. Foi uma falha muito grande. Kona era um sonho e passei do limite. Vou me recuperar com a ajuda de amigos e da família.

O teor desse depoimento é exatamente o mesmo que remeti à WTC, para a Kate Mittelstadt, que é uma pessoa espetacular e é quem cuida de meu processo. Eles foram extremamente humanos comigo. Ela publicará minha carta no site da WTC de forma resumida”.

Foto: Rita Oliveira

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